Mercinho diz que é “dono do mandato” e retira o Projeto da Reforma Administrativa da pauta

Ouro Preto – A reunião da Câmara desta terça-feira,24/10, seguia seu ritmo normal,  depois de aprovar os requerimentos e indicações dos vereadores entrou em “Única Discussão” e em Redação Final, o projeto de Lei Complementar 82/2023, de autoria do prefeito Angelo Oswaldo, que busca criar 96 cargos, em diversas secretarias, além de um escritório de gerenciamento de projetos em seu gabinete e a Subsecretaria de Adjunta Municipal de Água e Esgoto (SAMAE), mas o vereador Mercinho Gomes tirou o projeto da pauta.

A convicção da decisão do vereador Mercinho Gomes era tamanha que não se importou de tirar o projeto de pauta por 24 horas ou 72h, com diligência como sugeriram Luciano e Julio Gori, dissuadido pelo presidente José Geraldo Muniz “ Zé do Binga”, na próxima quinta-feira o projeto volta para a pauta e deverá ser votado, casa não haja outro pedido de vistas como obstrução. Mercinho foi enfático disse que fazia o pedido para provar que era dono de seu mandato e que não precisou de apoio para se eleger, que seu pai também foi vereador por três vezes e foi por mérito próprio. 

Mercinho é o terceiro vereador a fazer o pedido de vistas, na semana passada foi o vereador Naércio França, que prometeu obstruir as votações do prefeito. O primeiro a pedir vistas foi Júlio Gori, que filmava Mercinho e vibrava “é isso aí”.

O projeto de Lei complementar 82/2023, conhecido como “a reforma, da reforma” foi também apresentado na Conferência de Cultura como uma oportunidade de separar a pasta da Cultura para que o setor possa se desenvolver. Com o pedido de vistas do vereador Mercinho Gomes na noite de hoje, os realizadores da cultura ouro-pretana, ganharam mais tempo para tentar articular uma secretaria que seja o órgão gestor do Sistema Municipal de Cultura. Sistema este que é pré-requisito para receber recursos do Ministério da Cultura, o qual exige que o município também tenha o Conselho Municipal de Política Cultural e o Fundo Municipal de Cultural.

O Projeto é extenso e cria diversos departamentos, seções, funções e atribuições importantes para a Prefeitura, como defende o governo para a criação de 96 cargos, com níveis salariais que podem chegar até em R$ 11 mil. Diante de uma ampliação de cargos, os vereadores pressionam o prefeito, que busca novas vagas para acomodar os aliados para a sua campanha à reeleição. Enquanto isso, a oposição continua em sua queda de braço obstruindo a votação. 

Foto destaque: Júlio Gori filma Mercinho retirando o projeto da pauta

Por Marcelino de Castro