Ouro Preto – A Vale informou neste sábado (31/10) as obras e ações realizadas pela empresa para garantir à segurança da barragem de Doutor, na mina Timbopeba, em Antônio Pereira.

Segurança da Barragem

“Cabe ressaltar que não houve alteração nos dados técnicos da estrutura e nenhum incremento de risco. A Vale tem realizado ações contínuas para reforçar a segurança da barragem Doutor, conforme os novos parâmetros de segurança adotados pela legislação e de acordo com as melhores práticas nacionais e internacionais. A estrutura continua sendo monitorada 24 horas por dia e é inspecionada diariamente.

Atualmente está em andamento a construção de um vertedouro, considerada a primeira etapa das obras de descaracterização da barragem. 

As atividades de descaracterização da barragem Doutor estão em andamento. Para que elas sejam realizadas com o mínimo de impacto para a comunidade, alguns cuidados estão sendo tomados. Entre eles, a construção de um acesso para que os veículos e equipamentos do projeto passem por fora  de Antônio Pereira. As obras deste acesso começaram em julho e 80% das atividades já foram executadas. A previsão é que elas sejam concluídas até o final do ano.

Obras na ombreira

Com o objetivo de aumentar o fator de segurança da barragem Doutor, da Mina de Timbopeba, em Antônio Pereira (Ouro Preto), a Vale está realizando obras para adequação geométrica na ombreira esquerda da estrutura.

Antes de iniciar a obra, a empresa instalou equipamentos automatizados para monitorar o local específico da adequação. Esses dados são acompanhados por equipe especializada, o que permite a paralisação imediata em caso de desvio.

A obra da Barragem Doutor está sendo acompanhada pelo EoR (Engenheiro de Registro), Ministério Público, Defesa Civil de Ouro Preto, por meio de relatórios e reuniões semanais.

Essa adequação faz parte das ações contínuas feitas pela Vale para reforçar a segurança da barragem, conforme os novos parâmetros de segurança adotados pela legislação.

Obras do Rio Tabuleiro


Com o objetivo de amenizar os efeitos das enchentes no distrito de Antônio Pereira, em Ouro Preto, teve início em agosto deste ano, a construção do muro de gabião no Rio Tabuleiro. A estrutura é utilizada para contenção da água no leito do rio e irá contribuir para minimizar os efeitos provocados pelas cheias, que acontecem com frequência durante os períodos de chuva. Até o momento, já foram concluídos dois do total de quatro trechos. O projeto, cuja previsão de término é janeiro de 2021, incorpora ainda a reforma da passarela instalada entre os trechos 3 e 4.

A ação faz parte de um conjunto de investimentos compensatórios que serão realizados pela empresa em função do processo de remoção de moradores da Zona de Autossalvamento (ZAS) da Barragem Doutor, da Mina Timbopeba, que fica na localidade. O Plano de Compensação e Desenvolvimento de Antônio Pereira e Vila Antônio Pereira está sendo construído levando em consideração as contribuições dos moradores e do poder público.

As obras no Rio Tabuleiro são realizadas pela prefeitura de Ouro Preto com recursos repassados pela Vale a partir de um termo de compromisso firmado entre a empresa e o poder público municipal, em julho deste ano.

Importante ressaltar que o investimento atende a uma solicitação voltada para a infraestrutura do distrito e que as obras serão realizadas fora da chamada  ZAS, área que poderia ser impactada em caso de rompimento da Barragem Doutor.

Remoções em Antônio Pereira

A Vale caminha para concluir as remoções das famílias residentes nas comunidades de Antônio Pereira e Vila Antônio Pereira, em Ouro Preto. Foram realocadas 62 famílias. Outras seis ainda estão em processo de escolha de suas moradias. As realocações para moradias provisórias tiveram início em agosto e foram feitas pela Defesa Civil, com o apoio da Vale. A mudança é uma medida preventiva de segurança decorrente da ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem Doutor, da Mina de Timbopeba. O aumento dos limites da ZAS é resultado do processo contínuo de melhorias na gestão das estruturas da Vale, que envolve a adoção de parâmetros cada vez mais conservadores com base nos avanços da tecnologia e nos apontamentos dos órgãos competentes e das consultorias técnicas. Como parte do aprimoramento, e em atendimento ao Termo de Compromisso firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os Planos de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBMs) da empresa no estado também estão sendo revistos. O novo estudo do dam break, que avalia os potenciais impactos em um cenário extremo de rompimento, passou a considerar a hipótese de 100% do carreamento de rejeitos da barragem Doutor.

A Defesa Civil conduziu a realocação de forma planejada e cuidadosa, com o amplo apoio da Vale. As famílias removidas tiveram participação ativa na escolha de suas moradias, que são entregues após reforma, limpeza e desinfecção, mediante integral custeio pela Vale. Elas recebem assistência integral da empresa, incluindo atendimento psicossocial. 

Os animais que não puderam ser levados por seus tutores foram acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região, onde ficarão sob cuidados de médicos veterinários, biólogos e auxiliares.

A operação cumpriu todos os protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da Covid-19.

Histórico

Para iniciar as obras de descaracterização da barragem Doutor, em fevereiro deste ano, foi preciso garantir, em primeiro lugar, a segurança das famílias da Zona de Autossalvamento (ZAS) e residentes numa área adicional de 30 metros a partir da mancha hipotética de inundação, nas comunidades de Antônio Pereira e Vila Antônio Pereira.

Em abril, obedecendo ao Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), as realocações foram intensificadas, uma vez que a estrutura foi declarada em nível 2 de emergência. Durante o processo também foram resgatados 210 animais.

Forquilhas

No dia 9 de outubro, a Vale comunicou aos órgãos reguladores a redução do nível de emergência da barragem de forquilhas I, instalada na Mina de Fábrica, de 3 para 2.

A barragem estava em nível 3 desde 27 de março de 2019. Desde então, a Vale vem desenvolvendo uma série de ações para termos um melhor entendimento desta estrutura. Todos os resultados obtidos a partir dos levantamentos, o histórico da estrutura e seus últimos fatores de segurança evidenciam que ela não apresenta tendência de movimentação e que não há indicativos de iminência de ruptura.

Destacamos ainda que foi concluída a construção dos canais de cintura em volta do reservatório, reduzindo os níveis de água dentro do reservatório.

Conforme protocolo, os moradores da Zona de  Autossalvamento (ZAS) foram evacuados em março de 2019, tendo sido realizada revisão da mancha e nova evacuação, em julho deste ano. Mesmo com a redução do nível, as tratativas com a ZAS permanecem inalteradas.

A barragem Forquilhas III permanece em nível 3. Todas as barragens da Mina de Fábrica (Forquilhas I, II, III, IV e Grupo) são monitoradas 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CGC).”

Fonte: Assessoria de Imprensa da Vale.
Foto: Entrada da Mina de Timbopeba/Marcelino de Castro/diário de Ouro Preto