O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), inconformado com a rejeição do seu veto às emendas que concedem reajustes salariais maiores para servidores da segurança, da educação e da saúde, promete recorrer à Justiça para que os aumentos aprovados não cheguem às folhas de pagamento dos trabalhadores. Zema vetou o adicional de 33,24% aos servidores da Educação, 14% aos servidores da Saúde, e 14% aos servidores das áreas de Segurança Pública, mas seu veto foi derrubado em Reunião Extraordinária por 55 votos contra 3.
A coordenadora do Sind-UTE Ouro Preto, Rosane Oliveira Gonçalves, acredita que agora “o governador deve esperar o presidente da Assembléia bater o martelo para judicializar, apesar de termos comprovação da fonte do recurso da educação que é verba carimbada”. Sobre a resolução de suspender a greve da Educação, decisão aprovada em Assembleia Geral na terça-feira (12), mesmo dia da derrubada do veto, Rosane esclarece que a classe deve “agir na medida em que forem surgindo as demandas, mas ainda estamos em estado de greve”. Para ela, “o preço político que Zema está pagando é alto, basta ver como ele está sendo recepcionado Minas Gerais afora”, comentou a coordenadora.
Para justificar sua insistência no veto, o governador Romeu Zema chegou a comparar o posicionamento dos deputados estaduais à atitude de um pai que “deixa filho se drogar”. Nesta quarta-feira, 14, o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PSD), rebateu o comentário do governador alegando que “salário não é droga”.
Victor Stutz, para o Diário
