O vereador Naércio Ferreira encaminhou à pedido de desassoreamento do Rio Maracujá, que corta a região dos distritos de Cachoeira do Campo e Amarantina até chegar ao Rio das Velhas. Segundo ele, o rio encontra-se assoreado em razão do acúmulo de sedimentos, detritos e lixo.
Preocupado com a possibilidade de novas inundações em períodos de chuvas fortes, o vereador solicitou também à Prefeitura que providenciasse a limpeza e o desentupimento da rede pluvial que atende dos distritos e a construção de um muro de contenção às margens do Rio Maracujá, para reduzir os riscos de novas tragédias.
Naércio encaminhou também, nesta terça-feira, 23, à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ouro Preto, um pedido de representação junto à Vale, cobrando esclarecimentos sobre as quedas das torres de segurança, construídas para as obras de descaracterização das barragens de rejeitos e da Mina Fábrica, no entorno das Barragens de Forquilhas I e II.
O acidente ocorreu no dia 12 de novembro de 2021, porém, a Vale só informou os órgãos competentes e fiscalizadores, Defesa Civil de Minas Gerais e Agência Nacional de Mineração, um dia seguinte após as quedas das torres.
Outro Lado
“A Vale informa que já deu início à apuração das causas do incidente. Essa apuração conta com consultoria técnica externa especializada nesse tipo de análise. Eventual avaliação de prazos relacionados ao processo de descaracterização será possível após a conclusão da apuração e entendimento das recomendações. As torres, de cerca de 40 metros, estão localizadas fora dos reservatórios das barragens e fazem parte de um novo sistema de ancoragem em construção e que, uma vez finalizado e após testado, terá o objetivo de viabilizar o acesso de trabalhadores às estruturas em segurança. Importante ressaltar que as barragens Forquilhas I e II não tiveram alteração em suas condições de segurança. As barragens da empresa passam por inspeções rotineiras de campo e são monitoradas permanentemente por uma série de instrumentos e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG).”
Por Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto