Servidores federais em greve protestam na Praça Tiradentes

Ouro Preto – Professores, técnicos administrativos e estudantes realizaram ato na praça Tiradentes nesta quinta-feira à tarde, eles reivindicam melhorias para o ensino, a valorização das carreiras e o reajuste salarial.

O vice-presidente da Adufop, Rodrigo Fernandes explicou que são quatro eixos de reivindicação, sendo eles: A recomposição do orçamento da universidades, o reajuste dos servidores, à reestruturação das carreiras tanto nós docentes como os técnicos e o último eixo  reivindica “a revogação de algumas medidas tomadas no governo Bolsonaro, que o atual governo não revogou, uma delas é o novo ensino médio que tem precarizado muito educação. Os estudantes estão chegando na universidade, com várias defasagens promovidas por esse novo ensino médio e também outras medidas como por exemplo reitores interventores de algumas universidades que não foram eleitos pela comunidade acadêmica”.  

De acordo com Rodrigo Fernandes o orçamento da universidade não é corrigido desde 2016. “Ele está muito defasado”. O professor lembrou que para este ano o reajuste proposto é de 0%, que as carreiras precisam ser reestruturadas.

Na terça-feira, 7/05, durante entrevista, o presidente Lula disse que nasceu na greve, que os trabalhadores deve negociar e que seu ministro da Educação está em busca de negociação. “Eu nasci na greve,  eu sou filho, pai, irmão, tio da greves. Então sempre acho que os trabalhadores têm o direito de manifestar. O que é importante que a gente antes de chegar a via de fato, que é a greve, que é um instrumento mais forte dos trabalhadores,  é que a gente tente negociar o máximo possível”

Lula disse que uma proposta está sendo elaborada para ser apresentadas aos servidores da educação federal. “A mim não me encanta saber que parte da educação está de greve. Eu tenho que inaugurar muitas escolas técnicas[…] eu quero que os professores, que os funcionários estejam tranquilos […] Eu espero que a gente faça um acordo mais rápido possível, porque a educação é imprescindível para o presidente desse país”, concluiu Lula.

Os trabalhadores consideraram que o governo apresentou uma proposta bastante insuficiente mantendo o reajuste de 0% para 2024, com 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Quanto à reestruturação da carreira TAE, a proposta foi considerada indecorosa, considerando muito parcialmente, apenas cinco dos doze pontos destacados na proposta construída pela Comissão Nacional de Supervisão da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CNSC). 

Por Marcelino de Castro