Ouro Preto – O presidente do IPHAN, Leandro Grass participou da solenidade de abertura do Seminário Nacional de Direito do Patrimônio Cultural, na manhã desta terça-feira, 04/04, no teatro do Centro de Artes e Convenções da Ufop. Com o tema : “Radiografia da Legislação Brasileira de Patrimônio Cultural: Propostas de Aperfeiçoamento diante de Novos Paradigmas Ético-Jurídicos”. O Seminário conta com cerca de 400 participantes, entre integrantes do Ministério Público, profissionais, estudantes, especialistas e comunidade jurídica interessada no tema.
A abertura do seminário teve a participação do prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, de representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), UFOP, Iepha, Iphan, entre outros órgãos ligados à defesa do Patrimônio Cultural. Foi aberta ainda a mostra “Vivências no Patrimônio”, com a apresentação de iniciativas de todo o país ligadas à área.
Segundo o presidente do IPHAN, Leandro Grass participar do Seminário é uma oportunidade de estar próximo do conhecimento desenvolvido na universidade e das instituições do poder Judiciário. “É um momento muito importante, essa questão da legislação do patrimônio cultural tem muito o que avançar no Brasil. A gente está com o Sistema Nacional de Patrimônio na Câmara; A criação do Fundo Nacional de Patrimônio. A gente tem normas do próprio IPHAN que vão agora ser aperfeiçoadas, a Instrução Normativa do Licenciamento Ambiental, por exemplo. Então essa interlocução com os juristas, com especialistas em arcabouço jurídico para nós é muito importante porque nos auxilia também na formatação dessas novas normas”, explicou.
O corregedor-geral do MPMG, Marco Antônio Lopes de Almeida, na abertura, reforçou a importância de se debater o tema, especialmente em um evento no estado o qual ele caracterizou como “verdadeiro tesouro histórico e cultural”. “A proteção do patrimônio histórico e cultural é medida que tem como objetivo possibilitar a evolução da humanidade, em busca de conhecimento, liberdade e qualidade de vida, de forma harmônica e respeitosa com a natureza, a história e a memória de nossos antepassados, que produziram a cultura que nos cerca. Conhecimento que deve ser transmitido às gerações futuras”.

Ao falar sobre o objetivo do seminário nacional, o promotor de Justiça Marcelo Maffra, coordenador do CPPC, enfatizou que ele foi pensado para que os participantes discutam os grandes desafios para a área nos próximos anos. “São desafios que envolvem o plano legislativo, administrativo e principalmente o exercício das atribuições do Ministério Público”, disse.

O seminário é palco de debates sobre a estruturação orgânica da legislação de proteção do Patrimônio Cultural no Brasil e foi pensado como espaço para diálogo, tendo como princípios norteadores o pluralismo, a inclusão, a diversidade, a acessibilidade e a democracia participativa.
O evento, promovido pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural do Ministério Público de Minas Gerais (CPPC-MPMG) e pelo Núcleo de Pesquisa em Direito do Patrimônio Cultural (Nepac) da UFOP, conta com a participação de ícones da defesa do patrimônio cultural brasileiro e tem o apoio de cerca de 150 entidades do país.
A programação incluiu, nesta terça-feira, painel sobre a “Radiografia da Legislação Brasileira de Patrimônio Cultural: Lacunas Jurídicas”, com Ana Maria Moreira Marchesan (MPRS), Hermano Fabricio Oliveira Guanais e Queiroz (TJBA) e Rodrigo Vieira Costa (UFERSA), além da mediação da promotora de Justiça Giselle Ribeiro de Oliveira. Além disso, foram abordados os “Novos Paradigmas Ético-Jurídicos na Proteção do Patrimônio Cultural”, painel que teve a participação de Francisco Humberto Cunha Filho (AGU e UNIFOR), Carla Amado Gomes (Universidade de Lisboa) e Leonardo Barci Castriota (UFMG e ICOMOS).

O “Federalismo Brasileiro e as Possibilidades de Fomento e Financiamento do Patrimônio Cultural” foi outro tema debatido por Mário Ferreira de Pragmácio Telles (UFF e PEP/IPHAN), Cecília Nunes Rabêlo (IBDCULT) e Sandra Rafaela Magalhães Corrêa -(IPHAN).
Fonte: Ministério Público de Minas Gerais
Edição: Marcelino de Castro
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