O superintendente da Saneouro, Cléber Salvi, compareceu à Câmara Municipal de Ouro Preto para prestar esclarecimentos sobre o início da cobranças da tarifa de água, a partir do próximo mês, e outros assuntos.
Durante a reunião ordinária, realizada na quinta-feira, 25, o superintendente prestou contas dos valores investidos e dos serviços realizados até agora. Lembrou que, segundo o contrato estabelecido com o Município, para que a cobrança seja iniciada, é preciso que o morador tenha recebido previamente simulações da conta com indicativos do consumo e estimativa do valor a ser pago. Com isso, nem todas as residências deverão ser tarifadas, por enquanto.
O clima da reunião esquentou quando alguns vereadores lançaram perguntas ao representante da Saneouro. Ao ser indagado pelo vereador Sandrinho sobre as penalidades previstas para quem não pagar a conta, o superintendente disse apenas que a empresa disponibiliza de um cadastro social para atender as famílias de baixa renda, e que, até agora, só 12 famílias buscaram esse benefício.
A resposta irritou, principalmente, o vereador Wandeley Kuruzu, entusiasta do movimento que exige a anulação do contrato do Município com consórcio controlado por um grupo sul-coreano: “Se não quer responder as perguntas dos vereadores, pode ir embora”, reclamou Kuruzu. Por fim, o superintendente da Saneouro esclareceu que a ausência de pagamento poderá, sim, incorrer em multa, negativação do nome do titular da conta e até na interrupção do abastecimento.
Aos devedores da tarifa básica, Salvi disse que Saneouro deverá criar alternativas para a quitação das dívidas: “por enquanto, não haverá corte da ligação”, garantiu o superintendente.
Sobre algumas obras realizadas pela empresa e que estão inacabadas ou que apresentaram problemas, ele explicou que as chuvas estão dificultando os trabalhos.
Por Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto
