Ouro Preto –  A Saneuouro esteve no foco das discussões dos vereadores. Além dos protestos realizados ontem em Saramenha pela falta d’água, eles também lembraram que o presidente da empresa falava no mesmo momento aos conselheiros do Codema e do Comusa. Durante a 48ª Reunião Ordinária de 2022, realizada nesta quinta-feira (11/08), foram aprovados diversos documentos solicitando informações à Saneouro sobre a falta d’água e cobrança de tarifas. 

A Representação Nº 221/2022, de autoria do vereador Matheus Pacheco (PV) e encaminhada a Empresa Saneouro, pede informações sobre previsão de reposição de caixa d’água no Bairro Saramenha.

Segundo o vereador, a caixa d’água  situada no Bairro Saramenha vem causando transtornos aos moradores. “Estamos acompanhando a situação da caixa d’água situada no Bairro Saramenha que vem causando transtornos aos moradores. Inicialmente, a caixa d’água necessita de reparos, posteriormente foi retirada e ainda não foi instalado novo reservatório no local. Tal situação tem causado prejuízos aos moradores, que têm sofrido com a falta de água em suas casas há mais de 5 dias”, apontou.

O vereador Matheus Pacheco relatou que ontem as moradoras do bairro realizaram um protesto em frente ao posto de saúde, fechando o trânsito, pela falta d’água.”Mulheres senhoras idosas, fechando o trânsito em protesto”. 

“Nós estamos aqui falando sobre Saneouro, se ela sai ou se ela fica, ela mesma gosta de falar que o direito é dela, enquanto o contrato estiver vigente, e quem vai cuidar da água é ela, mas nem isso ela ta fazendo. Lavras Novas a caixa d’água cheia, metade do distrito tem água e a outra não.Será que a Saneouro está conseguindo fazer manobra? Já teve reunião com a comunidade, já foram lá, já houveram outras explicações e não tem resolução. Saramenha a mesma coisa, as pessoas tendo que sair do bairro para poder tomar banho na casa de vizinho, na casa de amigos de familiares em outros bairros.”

Júlio Gori pediu para assinar o requerimento, disse que a caixa estava em risco iminente e que era preciso uma outra para a substituição.

Lilian França pediu que sua representação fosse analisada juntamente com a representação de Matheus Pacheco, pois o assunto é o mesmo.

A Representação Nº 222/2022, de autoria da vereadora Lílian França (PDT),  solicita informações acerca da falta de água em Saramenha, Bairro Tavares, no centro de Cachoeira do Campo, em partes altas de Amarantina e na Chapada de Santo Antônio do Leite.

Para a vereadora, o documento visa garantir o bem-estar dos moradores e garantir a higiene essencial, uma vez que a falta de água afeta a higiene das pessoas e dos locais onde elas vivem, sendo um fator de risco para doenças, como micoses e conjuntivites. “Lá no bairro Saramenha, dia ímpar tem água e dia par não tem. E não existe coisa pior para a dona de casa do que abrir a torneira para lavar os utensílios, fazer a comida, e não ter água”, disse.

O vereador Júlio Gori (PSC), também comentou sobre a situação da empresa e a falta de água no município. “Nós estamos recebendo reclamações inúmeras dos moradores, da população ouro-pretana, que está revoltada com o que está acontecendo. É inadmissível essa falta de água, e o Executivo tem que se posicionar, porque é notório que não dá para conviver com essa empresa em Ouro Preto nos moldes que ela veio para cá, da concessão”, ressaltou

E o Requerimento Nº 259/2022, de autoria do vereador Kuruzu (PT),requer que o Prefeito Municipal informe à Casa Legislativa o valor da somatória das simulações da Saneouro referentes aos imóveis públicos municipais, próprios e alugados, nos últimos três meses.

Conforme o parlamentar, tendo em vista a intenção da empresa em realizar a cobrança da água, é necessário que o Executivo informe sobre a previsão dos valores a serem pagos, de modo a prestar contas à população. “Imagina a conta que a Prefeitura terá que pagar todos os meses se for considerar todo o consumo de água em todos os prédios da prefeitura ou alugados por ela. Nós fizemos esse Requerimento para saber o valor, mas certamente ele não será baixo”, destacou.

Naércio França também pediu para assinar os requerimentos, por ter sido procurado por moradores de saramenha, disse que “a Saneouro tem descumprido as cláusulas contratuais. O problema persiste”.

Vantuir Silva disse que se discute a saída da Saneouro, mas não se discute a tarifa, “então se amanhã o prefeito der uma canetada e tirar a saneouro, quem vai cuidar de nossa água e esgoto? Qual que é a tarifa que vai ser justa para a população poder pagar? O povo quer água na casa dele, não importa se é Saneouro ou semae? Qual será o valor do metro cúbico em nosso município?”

Por Marcelino de Castro
Com apoio da Assessoria de Imprensa da CMOP