Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto
Ouro Preto – Na semana passada, o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Ouro Preto, SINDSFOP, comunicou o término da greve sanitária dos servidores da Educação e, com isso, teve início a retomada das atividades presenciais nas escolas e creches em Ouro Preto.
Depois do biênio pandêmico (2020-2021), era sabido que a missão de promover o acolhimento da comunidade escolar não seria uma tarefa fácil, ainda mais, considerando que a maioria das escolas apresenta algum tipo de problema estrutural, quadro fortemente agravado pelas chuvas recentes que atingiram a região.
Segundo decreto, 6.389, de 07 de fevereiro de 2022, 17 estabelecimentos ainda não irão retornar, por apresentarem problemas que colocam em risco a segurança dos trabalhadores e alunos. E novas dificuldades estão surgindo, como na Escola Monsenhor Rafael, em Miguel Burnier, que não consta na relação de escolas impedidas de funcionar, porém, segundo os próprios servidores, “a aula presencial coloca em risco a integridade física de professores, alunos e motoristas, pois as estradas estão em péssimo estado e o prédio da escola está minando água em vários pontos do telhado”.
Outra questão que não se vê sendo trabalhada é a divulgação das recomendações que constam na “7ª Versão do Protocolo Sanitário de Retorno às Atividades Escolares Presenciais”, da Secretaria de Estado de Saúde. São orientações atuais para a retomada com segurança, e enquanto várias cidades estão até produzindo cartilhas sobre as regras que se aplicam a todos, inclusive às famílias e alunos, em Ouro Preto, não se vê nenhuma campanha informativa de serviço circulando. Dúvidas não faltam, talvez, a tímida divulgação seja um sintoma do desejo de transparecer um “clima de normalidade” que estamos longe de atingir, e o pouco que se tem notícia sobre o tão esperado “retorno às aulas” permanece condensado em breves “posts” de Instagram e Facebook da Prefeitura.
É certo que a retomada das atividades escolares presenciais em Ouro Preto envolve ações que extrapolam o risco de exposição ao vírus, há casos em que a segurança da criançada depende muito mais de planejamento e investimento do Poder Público. E informações, claro. Em busca de respostas, na terça-feira, dia 8 de fevereiro, tentamos contato com o secretário municipal Renato Zoroastro, mas ainda não obtivemos resposta, o que é compreensível neste momento singular, no qual o titular da Pasta da Educação, com certeza, está sobrecarregado com inúmeros desafios, tarefas e missões.
Diante disso, tudo que conseguimos foi a relação das escolas e creches impedidas de funcionar até agora, e que deverão permanecer com suas atividades exclusivamente remotas. Esperamos que essas informações sejam úteis para as nossas comunidades, segundo Decreto Municipal, são elas: Escola Municipal Dr. Pedrosa, Escola Municipal Professor Hélio Homem de Faria, Escola Municipal Padre Antônio Pedrosa, Escola Municipal Inácio de Souza, Escola Municipal Monsenhor João Castilho Barbosa, Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, Escola Municipal Padre Carmélio Augusto Teixeira, Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo, Creche Municipal Cantinho da Criança, Creche Municipal Colmeia, Creche Municipal Naná Sette Câmara, Creche Municipal Noêmia Veloso, Creche Municipal Zezinho Pedrosa, Creche Municipal Padre Rocha, Creche Municipal Pedro Aleixo, Creche Municipal Criança Feliz, Escola Municipal Alfredo Baeta.