Nesta terça-feira, 14, a Federação das Associações de Moradores de Ouro Preto, FAMOP, fez uso do plenário na 36ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal para reivindicar uma mobilização popular para saber ao certo o que os ouro-pretanos pensam sobre a proposta de remunicipalização dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos no município.
O presidente da Associação das Associações, Luiz Carlos Teixeira, subiu à Tribuna acompanhado por Eduardo Evangelista, o Du do Veloso, da ASSUFOP, Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da UFOP, e pelo advogado Guido de Mattos Coutinho. Eles solicitaram a instauração de um Referendo para que a população possa se manifestar sobre o assunto.
Para que a proposta de consulta popular por meio de Referendo fosse aprovada na Câmara, era preciso, no mínimo, que 8 vereadores concordassem em assinar o pedido. Mas ao todo foram 13 assinaturas colhidas: “A ideia inicial era entrar com um projeto de iniciativa popular, mas para isso teríamos o trabalho de recolher cerca de 3500 assinaturas, e o Referendo, caminho apontado em nossa Assembleia Popular, abreviou o nosso trabalho”, disse Luiz ao Diário de Ouro Preto. Du do Veloso ressaltou a importância dos ouro-pretanos se manifestarem comparecendo às urnas para votar: “Vai ser nosso dever de casa agora fazer esse trabalho de divulgação e de chamada da população”.
Guido, que é advogado da FAMOP, explica que foi feito um requerimento de Referendo e agora, já assinado pelos vereadores, o documento será protocolado na Presidência da Câmara que comunicará a Justiça Eleitoral para que a data do pleito seja marcada. Segundo ele, a pergunta será: “O povo de Ouro Preto quer anular o contrato de concessão, sim ou não?”. Guido lembrou ainda que a última consulta popular por intermédio de Referendo que ocorreu no município foi para definir sobre a emancipação do distrito de Cachoeira do Campo, em 1996.
Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto


