Hoje, 03 de fevereiro de 2022, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária do Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Ouro Preto, SINDSFOP. Em pauta, a deliberação sobre as propostas para reajuste salarial e a eleição da Comissão de Negociação da data-base para 2022.
O presidente do Sindicato Leandro Andrade conta que foram cerca de 40 servidores presentes e o acordo coletivo proposto foi aprovado por unanimidade. Sobre a proposta lançada, no lugar de aumento salarial os servidores propõem uma recomposição salarial considerando somente as perdas salariais sofridas desde o ano de 2014. Isso porque, segundo o presidente, “o único ano que houve recomposição de perda inflacionária foi no ano passado, quando conseguimos 5 por cento, porém as perdas acumuladas ao longo do tempo superam em muito esse número”. Portanto, feito o cálculo, já descontando o valor da recomposição concedida, a classe reivindica um reajuste de 33 por cento nos vencimentos.
Na Assembleia, foi lembrado que Ouro Preto tem batido recorde de arrecadação desde 2021 e os municípios vizinhos, Mariana e Itabirito, já concederam aumento considerável aos servidores espontaneamente, sem a necessidade de embates ou negociações com Sindicato.
Além disso da recuperação das perdas salariais, os trabalhadores querem também que o vale-alimentação, estipulado hoje em R$500,00, passe a valer R$920,00, tendo em vista o aumento do custo dos itens básicos para a sobrevivência familiar.
Outra questão tratada na reunião da classe foi o já acordo firmado para abertura de Concurso Público neste ano. Em 2021, a Prefeitura concordou em fazê-lo mas ainda não cumpriu o combinado: “A Prefeitura assinou o Acordo Coletivo com essa cláusula, comprometendo-se a lançar o Edital até o mês de janeiro, já estamos em fevereiro e até agora nada”, disse o presidente do SINDSFOP.
Leandro lembra que o último Concurso Público ocorreu em 2011, há mais de dez anos atrás: “A gente defende que os cargos públicos sejam ocupados por servidores efetivos, no lugar de ficarem a mercê de serem disponibilizados para pessoas sem a capacidade ou a competência necessárias, segundo indicação de prefeitos, secretários, presidentes de partidos ou vereadores, como a gente sabe que é comum acontecer em Ouro Preto e em várias outras cidades”, disse Segundo ele, essa triste realidade “sempre se reflete na qualidade dos serviços públicos oferecidos”, ele diz.
Já as questões relacionadas ao retorno presencial das aulas no município, estas serão avaliadas e votadas em nova Assembleia convocada em caráter de urgência para amanhã, sexta-feira, 04 de fevereiro.
Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto