A cidade de Ouro Preto, que ainda não se recuperou dos transtornos provocados pelas chuvas do mês de janeiro, já se prepara para enfrentar mais uma rodada de maus tempos. O Secretário de Defesa Civil do Município de Ouro Preto, Juscelino Gonçalves, conta que a equipe da Defesa Civil permaneceu em estado de alerta mesmo durante o breve período de estiagem, em razão da saturação do terreno que ainda não permite afastar as possibilidades de novos desabamentos. Agora, com o anúncio de uma outra frente fria que vem do oceano e já atingiu São Paulo provocando estragos e mortes, mais uma vez os ouro-pretanos devem permanecer atentos: “Essa chuva que cai em São Paulo e Rio de Janeiro costuma chegar aqui em dois ou três dias, por isso nós nos antecipamos, sobretudo, na atenção com aquelas áreas críticas já percebidas e mapeadas”, diz o secretário.
Juscelino manifestou preocupação especial com as famílias que habitam locais de risco, que tiveram de sair de suas casas mas, achando que o perigo já havia sido afastado com a breve onda de calor, resolveram retornar. Dentre as regiões consideradas de altíssimo risco, ele cita o bairro Taquaral, a rua Perita no São Cristóvão, a rua Campinas no Morro de Santanna e vários outros pontos da sede e dos distritos: “Continuamos fazendo monitoramento destas áreas para minimizar a possibilidade de impactos”.
Ontem, 31 de janeiro, o boletim do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais indicava que uma Zona de Convergência do Atlântico Sul, que atua na divisa com SP, estaria gerando intensa umidade sobre Minas Gerais. A previsão era de tempo nublado e chuvoso em todo centro-sul mineiro, com tempestades em algumas regiões e chuvas moderadas ou de forte intensidade em outras. Segundo o boletim do SIMGE, os acumulados poderiam ultrapassar os 100 mm.
Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto