Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto
Rodrigo Câmara, o superintendente de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que ocupou recentemente (mas por poucos meses) o cargo de secretário de Turismo de Ouro Preto, informou hoje que o Estado está atuando numa força-tarefa para providenciar a regulamentação do uso e ocupação dos cânions e suas águas.
O grupo, denominado “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, foi formado com a finalidade de ordenar, segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, “com segurança, planejamento, união, paz e seriedade”, o Turismo em Capitólio e toda a região. Além da criação de um edital específico para o chamado “Mar de Minas”, ações visando a segurança dos usuários, dos trabalhadores e dos turistas serão empreendidas.
A decisão foi tomada nesta sexta-feira, 14, em uma reunião na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, envolvendo o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, as prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, além das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Instâncias de Governanças Regionais, Sebrae , Fecomércio e sociedade civil.
O Turismo na região do Lago de Furnas e Peixoto foi a pauta principal de grupo de trabalho e a reunião começou rendendo homenagem às vítimas do acidente que chocou o País, no qual dez pessoas morreram ao serem atingidas por uma escarpa do lago de Furnas, incluindo um adolescente de 14 anos. Ficou decidido que a primeira etapa a ser trabalhada será a realização de um diagnóstico detalhado, com laudos técnicos e geológicos dos órgãos competentes, dos cânions e das áreas interditadas. O Sebrae disponibilizará sua estrutura e recursos para ajudar no diagnóstico e, depois disso, o Sesc, juntamente com a Fecomércio, contribuirá com treinamento, workshops e cursos para capacitação de todos os envolvidos no trade turístico.
As ações, que inicialmente seriam restritas à Capitólio, deverá abordar toda a região, envolvendo também a Polícia Militar de Minas Gerais, prefeituras, toda a cadeia produtiva do turismo e as comunidades em geral, para a geração de emprego e renda daqueles que dependem da atividade turística na região e, principalmente, garantir que tragédias como a do dia 8 de janeiro de 2022 jamais se repitam.
Foto: Imprensa/MG