Ouro Preto – Rezar por seus mortos é um costume presente em praticamente todos os cultos e religiões desde o início dos tempos. Na doutrina católica, essa prática remonta ao período do cristianismo primitivo quando, ainda nos séculos II e III, os cristãos, perseguidos pelo Império Romano, enterravam e rezavam por seus mortos às escondidas, nas catacumbas subterrâneas de Roma.

O Dia de Finados só passou a integrar a liturgia católica na Idade Média e, até hoje, é celebrado em muitos países do ocidente no dia 02 de novembro, pois foi nessa data, na França, que o monge beneditino Odilo de Cluny (ou Santo Odilon), no século X, sugeriu orações às almas daqueles que já partiram.

Em vários cantos do mundo, o dia 2 de novembro permanece marcado por uma grande movimentação de pessoas que visitam os cemitérios para render homenagem aos seus entes queridos, aqueles que não estão mais entre nós. Em Ouro Preto não é diferente.

Na histórica cidade, é tradição também floristas se reunirem ao pé da estátua do Tiradentes, em razão da alta demanda por flores para enfeitar túmulos e jazigos. E a Praça central, principal cartão-postal da cidade, se enche de cores, o que atribui até um certo tom de leveza neste dia que exalta sentimentos pesados como tristeza e saudade.

Apesar das mudanças de hábito provocadas pelo cenário de pandemia, a movimentação nas missas que acontecem nas Igrejas de Ouro Preto deve ser grande. Aos que pretendem participar, é bom lembrar de não abandonar os protocolos de segurança recomendados. E usem máscaras.

Nessa terça-feira, 2, os atos litúrgicos em honra aos mortos ocorrem em vários locais, conforme programação divulgada pela secretaria da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar:

Basílica do Pilar – 7h00
Igreja do Bom Jesus de Matozinhos – 8h00
Igreja do Carmo – 8h30
Igreja de São Francisco de Paula – 10h00
Capela de Santo Amaro (no bairro Botafogo) – 11h00
Igreja das Mercês de Cima – 15h00
Cemitério da Saudade – 16h00
Igreja São José – 17h00

Mais informações sobre as missas: 31 3551-4735

Reportagem: Victor Stutz/Diário de Ouro Preto