Entrevista exclusiva com Toninho Horta que se apresenta hoje, às 20h na Casa da Ópera

Atração do Festival Estrada Real hoje em Ouro Preto, Antônio Maurício Horta de Melo, o Toninho Horta, fala de suas raízes e ligações de afeto com a cidade, e revela planos de trabalhos futuros que envolvem a cidade e seus personagens em entrevista exclusiva para o Diário de Ouro Preto.

Diário de Ouro Preto – Você frequentou os antigos Festivais de Inverno de Ouro Preto?

Toninho Horta – Eu tenho grandes lembranças daqueles Festivais de Inverno maravilhosos. Era músico misturado com uma farra boa da adolescência, do princípio da maturidade. Eu alugava casa com amigos ou com família e era sempre muito bom virar as noites naquelas ladeiras. Ouro Preto sempre foi assim, artistas da terra, como Guignard, Bracher, Nello Nuno, todos misturados com os artistas que vinham de fora.

Ouro Preto já figurou algumas vezes em suas obras e realizações. Conte um pouco disso pra gente.

Toninho Horta – Certa vez, em 1972, o companheiro Luis Alberto Sartori, que era ligado ao pessoal de cinema, foi para Ouro Preto filmar “Dona Olímpia de Ouro Preto” e me chamou para fazer a trilha. Mais tarde, em 1986, criei o Seminário Brasileiro da Música Instrumental e a Berenice Menegale, que era a organizadora do Festival de Inverno na época, concordou em realizar os dois eventos simultaneamente. E foram bem compatíveis, um sucesso! O Seminário ficou marcado por momentos e sons inesquecíveis, de alta qualidade, e pela presença de muitos músicos, intérpretes e solistas de várias partes do Brasil. Tivemos 430 estudantes inscritos oficialmente. Ah, teve também aquele livrinho, A Família do Som, que fiz com o Nino Stutz (risos). Mas, voltando ao “Dona Olímpia de Ouro Preto”, hoje estamos conversando sobre fazer uma nova versão desse filme, com textos novos do Valfredo Garcia, que tem um trabalho lindo sobre Dona Olímpia, e participação da Orquestra Experimental de Ouro Preto, do maestro Rodrigo Toffolo, atores, atrizes, e eu também, atuando.

Por Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto

O Festival

Idealizado pelo produtor Leonardo Conde, da VFC Produções, e com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o Festival Estrada Real é franqueado ao público e segue todos os protocolos de segurança da Covid -19 determinados pelos municípios e pela OMS. Toda a programação do evento pode ser acessada através do site www.festivalestradareal.com.

O quarteto Áurea Música também se apresenta hoje, abrindo a programação do Festival na cidade, na Igreja de São Francisco de Assis às 18h.