Ouro Preto – A Deputada Federal Dandara Tonantizin Silva Castro (PT-MG) ouviu os relatos dos consumidores da Saneouro moradores da sede e dos distritos na tarde deste sábado 1/04, na Sede da Escola São Cristóvão. Após ouvir os relatos Dandara falou de sua representação ao Ministério Público para que não sejam feitos cortes de água e pede mais engajamento na mobilização contra a concessão do serviço de abastecimento.
O encontro foi mediado por Sidneia Santos e Du do Veloso.
Dandara abriu sua fala dizendo que a água é bem essencial para a existência humana e que a Prefeitura deveria contar com a participação de Conselho. “Um Contrato desse tamanho sem Conselho?” Ouro Preto possui o Comusa, Conselho Municipal de Saneamento Básico, em sua última reunião extraordinária, dia 23/03, foi anunciado que a Saneouro seria multada.
Pelo Fórum da Igualdade Racial, Luizão disse que Ouro Preto é uma cidade negra, periférica e está com seu território em conflito, estamos permanentemente mobilizados. Ele entregou à deputada uma conta de uma mãe solo, de R$ 900,00, e pediu que a deputada apresente a questão ao Ministério dos Direitos Humanos.

A moradora da Bauxita, Maria Lúcia Ferreira desabafou, disse que não tem como parcelar a conta atrasada.
Lívia Gonzaga, do Grêmio Estudantil do IFMG, pediu apoio para o combate ao novo ensino médio, que segundo Lívia prejudica os estudantes de escolas públicas de ter acesso ao Enem.
A professora do IFMG, Laura Rocha destacou que a luta contra a Saneouro é a oportunidade de mostrar que é preciso desenvolver políticas públicas. “ Quem vem da base sabe o sofrimento do povo”, por isso acredita em Dandara.
O presidente do Grêmio estudantil do IFMG campus Ouro Preto, Felipe Pereira frisou a importância de se implantar o passe livre estudantil, lembrou que o transporte muitas vezes é o grande empecilho para a formação dos estudantes.
A representante de Amarantina, Denizete de Fátima lembrou que com o Semae havia água de qualidade, ela aproveitou para pedir o apoio da deputada na relação da comunidade com a Pedreira Irmão Machado, a situação foi judicializada e corre em segredo de justiça.
Rogério Fernandes disse que Ouro Preto está refém da pauta da água, que a cidade tem que pensar em Educação. “ No dia da mentira temos que cobrar a saída da Saneouro, o cumprimento da promessa”.

As mulheres estava mobilizadas, a presidente da Unegro Diguinha esteve presente, as moradores de Cachoeira do Campo, Eva da Costa Torres Santos, Ivone Auxiliadora Freitas relataram as dificuldades que a população sofre com a Saneouro, necessitando inclusive de realizar empréstimos para não terem a água cortada.
Dandara disse que nenhuma conquista vem sem luta que encaminha as questões para os órgãos competentes. “ As pessoas de Ouro Preto tem que apoiar a causa”. Ela sugeriu mais mobilização, “isso precisa estar no dia-a-dia das pessoas. A sede não espera”.

Por Marcelino de Castro