Ouro Preto – A comunidade de Amarantina se reuniu na última sexta-feira, 18/04, com a Pedreira Irmãos Machado e a consultoria MF Projetos Socioambientais. A consultora, Maria Fernanda Alves apresentou as propostas do Diagnóstico Socioambiental Participativo programa de Educação Ambiental da Irmãos Machado.
Mas segundo a moradora, Denizete de Fátima dos Santos a reunião não poderia ter sido realizada, pois existem uma série de questões que desde 2020 não foram resolvidas, como exemplo o diagnóstico sócio participativo, que empresa apresentou para a Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) “assinaturas de uma reunião, na qual não foi acordado nada e essas assinaturas foram indevidamente usadas. Após isso, a pedreira conseguiu a servidão mineral e o programa de educação ambiental como se a comunidade estivesse aprovando”, denuncia Denizete.
De acordo com a moradora, aproveitando a pandemia, a Pedreira solicitou a imissão de posse dos terrenos dos moradores, em processo que correu em segredo de Justiça, com famílias perdendo as moradias, até que foi proposta uma Ação Popular e a juíza dra Ana Paula Lobo percebeu que a situação não era como a pedreira havia argumentado, que no entorno das operações eram apenas moradores sitiantes e casa abandonadas. A Pedreira teria alegado que as casas eram irregulares e que os moradores não tinham documentos dos imóveis, o que foi contestado na ação popular.
Denizete denunciou ainda que a empresa não usa transparência, que o relatório socioambiental participativo não atende as pessoas diretamente atingidas. “A partir do momento em que a empresa há mais de 10 anos só trabalha com termo de ajustamento de conduta, inclusive realizou um TAC, recentemente com o Ministério Público”. Para ela, não faz sentido discutir “o plano de educação ambiental sem ouvir e responder os questionamentos da comunidade com denúncias diversas com agressões ambientais, desrespeitos com os atingidos é fingir que promove diálogo, e com todo respeito, é enganar o poder público e a comunidade”.
Para Denizete, “a comunidade de uma forma ou de outra é impactada com poeira levantada pelo vento, pelas rachaduras que estão por toda a parte das casas, risco de acidentes graves batendo à nossa porta, temos direitos de exigir explicações e transparência, cobrar por justiça”.
Outro lado – Procuramos a empresa pelo e-mail e por telefone mas não conseguimos estabelecer o contato.