Por Claudia Aparecida Marliére de Lima

Reitora da UFOP

Estamos terminando o ano de 2021 e uma reflexão do que foi este ano, está presente em todo(a)s brasileiro(a)s, assim como em toda a população mundial. Foi um ano em que fomos desafiados e feridos da forma mais contundente por uma pandemia. O incontestável domínio dos seres humanos sobre o planeta Terra foi posto em jogo por um vírus que nos fez repensar e mudar nossos comportamentos sociais.

Em nível de Brasil, encerraremos 2021 com mais de 619 mil mortes decorrentes da pandemia. Uma pandemia que nos assolou nos anos de 2020 e 2021 e que ainda nos assola com a variante Ômicron, embora a taxa de mortalidade deva fechar o ano com 181 mortes diárias. Esta redução é graças à vacina, desenvolvida em tempo recorde dado o intenso trabalho de laboratórios e universidades.

Novamente, a ciência se mostrou necessária e importante para a sobrevivência da humanidade. E a defesa intransigente da ciência mostra ser nossa melhor arma. Nossas universidades e Institutos federais responderam de forma rápida e eficiente no enfrentamento da Covid via desenvolvimento de novos medicamentos, novas formas de tratamento e equipamentos.

Nós brasileiro(a)s sofremos por falta de uma política de saúde pública para o enfrentamento da Covid. Passamos o ano vivenciando uma completa negação da vacina e da ciência, uma ausência de políticas públicas e, nas universidades e institutos federais, cortes de recursos para capital e custeio. 

Professora Dra. Cláudia Marliére, Reitora da UFOP – Foto Arquivo/Ane Souz

O que esperar para 2022?

Em nível político um ano eleitoral onde toda a mídia estará voltada às eleições. Cresce a cada dia a expectativa de resgate do orgulho de ser brasileiro(a), que nos traga de volta o respeito e a cordialidade entre todos (órgãos de governo e pessoas) independente de sua posição política, da raça, da cor, do gênero e da condição social.

Nas universidades, na UFOP especificamente, teremos o retorno das atividades presenciais seguindo o protocolo sanitário. Entretanto, temos consciência das dificuldades a serem enfrentadas, como a falta de recursos para o pleno funcionamento da universidade e do surgimento de novas variantes do Coronavírus.

Como dito por Ariano Suassuna, devemos ser “realistas esperançosos” e que 2022 seja melhor e com muita paz.  

Nossa expectativa é que 2022 termine com nossas esperanças renovadas em todos os sentidos, com muita resiliência e solidariedade.