Bárbara Heliodora terá sua lápide incluída no Panteão dos Inconfidentes

Ouro Preto – O Museu da Inconfidência realiza no próximo domingo, 21/04, a reparação histórica com a poetisa Bárbara Heliodora, que passará a ter sua lápide no panteão dos Inconfidentes. A lápide já existe no Museu em sala ao lado. 

Na foto: Diretor do Museu da Inconfidência Alex Calheiros no panteão dos Inconfidentes

De acordo com o diretor do Museu da Inconfidência, Alex Calheiros, a nova gestão da instituição em seu plano museológico tem entre suas metas a democratização do acesso. Com a gratuidade passaram pelo museu 300 mil pessoas em 2023. No mês de julho mais de 50 mil pessoas fizeram a visita.  

Alex Calheiros explicou que as lacunas históricas estão sendo revistas para que também sejam representados no expositivo referencias dos negros, dos povos originários e das mulheres, como no ano passado que passou a compor o panteão a lápide de Hipólita Jacinta, a solenidade contou com a presença da ministra do STF, Carmén Lúcia. O Nome de Bárbara já era defendido antes mesmo de Hipólita. 

“Tem um historiador que é o Aureliano Leite, natural de Ouro Fino, depois foi deputado por São Paulo, que aquela época, em 1949, escreveu ao então representante do Sphan (Serviço do Patrimônio Histórico Nacional) Rodrigo Melo Franco de Andrade, falando Cadê a Bárbara Heliodora? Antes mesmo da Hipólita Jacinta, a Bárbara já era reivindicada como alguém que deveria estar no panteão. Nós entendemos porque ela não foi para lá, inicialmente o Panteão foi criado para receber os restos mortais. E os restos mortais de Bárbara não foram encontrados”, explicou Alex Calheiros.

O diretor explicou ainda que a instituição tem uma agenda de reposicionamento, que o museu não está pronto. Alex destacou a parceria com a UFMG, por meio de Acordo de Cooperação Técnica, no Projeto República tem como foco principal o período histórico republicano brasileiro, o percurso da história das idéias e dos conceitos no Brasil e o estudo da temática do republicanismo, coordenado pela professora Heloisa Maria Murgel Starling. Em 2 anos os resultados das pesquisas devem ser apresentados.

Por Marcelino de Castro


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