Ouro Preto – Uma tarde ensolarada depois de muitos dias de chuva, assim foi esta quinta-feira, 12/01, com o tempo firme registramos os pontos de interdição da rua padre Rolim e o Morro da Forca. Além das áreas de risco, no território também se encontram 40 barragens.

Hoje a Defesa Civil removeu 5 famílias de áreas de risco. Pela tarde um trator foi registrado na Barra, acreditava-se que seria retirada a terra que chiou, mas a máquina abriu um furo de prospecção. 

A cidade tem vivido um janeiro de muitas chuvas e apesar do dia de sol ainda há muita água no solo para ser drenada. Na rua Padre Rolim a água jorra como uma bica, o trecho encontra-se interditado, com o passeio contrário sendo utilizado pelos pedestres. 

A Defesa Civil também realizou a desinterdição parcial da rua Desidério de Matos, no Padre Faria. A Rua águas Férreas também teve trecho desinterditado ao lado de Chafariz, no local havia obras de manutenção da drenagem pluvial, como o trecho não tem risco, foi aberto para garantir uma via de acesso para o Taquaral. 

A Rua 13 de maio, que tinha sido trote no dia 29/01, acabou virando ocorrência, uma cratera abriu no quintal da casa 455, anteontem.   

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Amanhã completam um ano do colapso do Morro da Forca, o trecho continua em risco, e o trânsito da cidade se vê mais uma vez estrangulado na ponte da Barra e agora com o agravante da Padre Rolim , que deixa como uma alternativa a rua São José, trafegada em mão contrária e a rua Paraná em mão dupla. 

Barragens

Sobre Antônio Pereira a Vale informou que “a barragem Doutor recebeu reforços e proteções, além da ampliação do sistema de bombeamento de água, visando o aumento da segurança da estrutura durante o período chuvoso. Não houve alteração na condição de segurança da barragem, que tem sua estabilidade continuamente avaliada por equipes internas, externas e órgãos públicos competentes.”

Em relação às demais estruturas no município, “A Vale está se preparando para o período chuvoso, com foco na segurança das pessoas que vivem próximas às suas operações, especialmente de comunidades localizadas nas proximidades de suas barragens. As operações da empresa possuem planos de preparação para períodos chuvosos, que são atualizados e executados antes de cada estação. Além disso, o compromisso da empresa em aderir ao Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês) considera adequações às mudanças climáticas entre seus requisitos, o que reflete diretamente na gestão de estruturas de disposição de rejeitos, com reforço da fiscalização, monitoramento e transparência de informações.

Uma das frentes de atuação preventiva conta com a parceria fundamental das Defesas Civis Municipais. São definidas e adotadas ações para orientar a população em caso de emergências envolvendo barragens, que foram intensificadas ao longo dos últimos anos. A empresa cumpre um cronograma de testes de sirenes e exercícios simulados com objetivo de desenvolver e fortalecer a cultura de prevenção nas comunidades onde atua. Já foram implementados 93 Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs) em estruturas localizadas em Minas Gerais e no Pará, nas unidades de negócios Ferrosos e Metais Básicos no Brasil.”

Reportagem: Marcelino de Castro
Fotos: Marcelino de Castro/diário de Ouro Preto