Antônio Pereira – Na manhã de hoje, 17 de agosto, a moradora do distrito de Antônio Pereira, Gislene Costa Farias solicitou que a reportagem apurasse a situação em que se encontrava. Diante da chegada da Defesa Civil Municipal de Ouro Preto, do pessoal para a demolição da área em que utiliza para sua atividade rural, acompanhados da Polícia Militar. Segundo a moradora foi cumprida uma ordem de despejo em um local que segundo ela, por não ter sido removidas baias anteriormente os fez acreditar que poderiam habitar o local.
Gislene Costa Farias, moradora da chamada Rua Projetada, relatou que, durante a ação, o imóvel onde ela e sua família mantêm alguns cavalos foi demolido e, ao contestar, foi informada por um policial que tratava-se de uma ordem judicial que determinou a remoção a pedido da empresa Vale.
Porém, segundo Gislene, ela e sua família lutavam para serem reconhecidos dentre os atingidos pelo desastres das barragens, sem sucesso: “Desde a primeira mancha, a Vale nunca removeu a gente, e agora querem simplesmente levar os cavalos do meu filho? Aí, agora a gente resolveu construir eles mandam agora demolir, não dá pra entender.”
Outro lado
A Vale informa que:
“Em linha com o que está previsto na legislação e em determinação judicial, para contribuir com a segurança das pessoas e dos imóveis evacuados na Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem Doutor, será realizada, nesta quarta (17), uma ação coordenada da Fiscalização de Patrimônio Obras e Postura, Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e Defesa Civil Estadual e Municipal, com o apoio da Vale, para a liberação de áreas que estão indevidamente ocupadas em Antônio Pereira.
Após a evacuação, haverá o cercamento do entorno com barreiras físicas para impedir invasões. O fechamento integral da ZAS vai acontecer gradativamente. O trecho da MG-129 que está dentro da ZAS permanecerá liberado para tráfego.”
A reportagem está procurando informações também junto a Defesa Civil.
Marcelino de Castro
da Redação